O autocuidado é tendência. E mais do que isso, proporcionar uma boa experiência para o seu cliente e paciente dentro da clínica é essencial para que ele sempre volte. Não só os melhores tratamentos e tecnologias, mas a soma de todos os fatores que ele vivenciar vão definir o caminho que ele vai seguir com relação à sua clínica dermatológica.
Nós já demos dicas aqui sobre estilo, etiqueta e coerência entre sua imagem e a atuação da sua equipe – e hoje vamos dar mais algumas dicas práticas e de baixo custo que podem fazer toda diferença para o seu paciente.
A Dra. Juliana Carvalho, dermatologista com uma clínica na cidade de Adamantina, no interior de São Paulo, se destaca pela visão empreendedora que colocou em prática. Além de criar um diferencial, um centro de tratamento capilar moderno e inovador, ela adicionou referências de salão de beleza para agregar o sentimento de spa aos pacientes.
Ela explica que, apesar de suportável, o tratamento capilar é delicado e doloroso, além de demorado para apresentar resultados. Não é como tratamentos faciais ou corporais que, nas primeiras sessões, já é possível notar uma diferença que “justifique” o investimento.
Isso pede que você, mais do que nunca, invista em agregar valor aos seus tratamentos.
“A maioria dos pacientes que chegam para tratamentos capilares estão desesperados, tensos, tristes. E nós podemos suavizar esse sentimento com algumas ações pequenas, mas que vão fazer toda diferença”, anima Dra. Juliana.
Referência nos salões de beleza
“As pessoas por muito tempo trataram os problemas capilares em salão de beleza, e lá eles cuidam apenas do fio, superficial. Não é a mesma coisa. Foi quando eu tive um insight no Spa Dios, em São Paulo: todo o processo de encantamento do cliente vem do sensorial, do cuidado que eles têm com os clientes”, conta.
“Eu inseri alguns detalhes e então, mesmo estando em uma cidade pequena, eu consigo entregar um serviço do nível de São Paulo, porque aqui em Adamantina também não tem grandes salões”.
Recepção
- Assim que o paciente chega, a equipe da Dra. Juliana oferece chá, dentre várias opções;
- Se houve atraso no atendimento, a equipe tem autonomia para oferecer um agrado ao paciente para suavizar essa impressão;
- Em seguida, o paciente segue para uma sala onde receberá um escalda pés com sais perfumados e pétalas de flores.
Dra. Juliana diz que o escalda pés é um dos queridinhos dos pacientes. “Pra fazer isso você vai precisar de basicamente um recipiente bonito, umas pétalas de flores, sal grosso perfumado. O custo é perto de zero se você considerar o resultado que dá. Ele vai ter vontade de ir mesmo sabendo que é pra sentir dor”, explica.
Pré procedimento
- Em outra sala, é feita a higienização do couro cabeludo com um detox capilar, válido para praticamente todos os pacientes e suas queixas (dermatite seborreica, quem vai iniciar um tratamento capilar, couro cabeludo oleoso, psoríase do couro cabeludo, pré e pós química);
- Também é feito um tratamento com led antes de entrar com o microagulhamento robótico.
Durante o procedimento
- A Dra. Juliana deixa uma bolinha na mão do paciente, pra ele apertar enquanto ela aplica o microagulhamento robótico com o Endymed, caso ele sinta dor;
- Além disso, outra técnica da Dra. é manter o paciente distraído, pra isso ela fica conversando com ele o tempo todo: “E eu adoooro falar muito, então não economizo”, brinca ela.
Após o procedimento
- O paciente é encaminhado para uma sala onde vai receber uma quick massagem nos ombros pra aliviar a tensão;
Após o tratamento
- Um tratamento de tricologia pode levar de 8 meses a 1 ano até começar a apresentar um resultado considerável, quando o paciente começa a ver cabelo novo de fato. Por isso é essencial ser honesto com ele desde o começo, pra não haver frustração e, assim, estabelecer confiança e fidelizar.
- São oferecidas sessões de manutenção a cada 3 meses e outros serviços como o detox capilar para que ele faça com frequência e associe ao tratamento.
Como conseguir fazer isso na sua clínica dermatológica?
Basicamente, com treinamento da equipe. “Aqui na clínica nós temos um momento que eu chamo de ócio produtivo, às sextas de manhã. Eu reúno os colaboradores e falamos dos protocolos, ouço opiniões, falamos de sazonalidades, queixas, tudo. Não existe colaborador pronto, todos eles você precisa treinar”, explica a dermato.
“O paciente tem que perceber o valor antes de você apresentar o preço. E toda a equipe precisa estar alinhada, desde servir o cafezinho com alegria. Antes ele ficava focado na dor do tratamento, mas a partir do momento que você transforma aquilo num ritual de autocuidado, ele muda a impressão e passa a fazer até mais tratamentos com você na clínica”, completa Juliana.
E aí? Preparada para testar novos momentos com seu paciente?